domingo, 6 de setembro de 2009

As time goes by...


"Milhares de bares no mundo e ela vai entrar logo no meu..."

Humphrey Bogart como Rick Blaine em Casablanca


Tarde vazia, coloco Casablanca, masoquismo puro, somente quem nunca amou passa ileso pelo filme de Michael Curtiz. Rever a estória de Ricky e Ilsa é ser jogado num mundo de recordações, de hearts full of passion, jealousy and hate como diz a canção do supostamente assexuado Herman Hupfeld, o homem que nunca amou e compos a mais bela letra de amor de todos os tempos. Rever Casablanca é rever o filme que simboliza o cinema, um filme com vilões malévolos, um herói durão de coração mais mole que Claybom e uma mulher arrependida, não é o melhor filme, sem dúvida é o mais emblemático. Os grandes amores acabam como o de Rick e Ilsa, não numa briga doméstica sobre contas a pagar, não sobre discussões a respeito de botequins ou gastos no shopping com cartões, um grande amor nunca morre de velho, de desgaste, os melhores amores se suicidam assim como Rick suicidou seu coração naquele aeroporto do Marrocos, um caso como aquele não poderia acabar num subúrbio de New Jersey onde o boêmio se tornaria um pacato técnico de telefonia e Ilsa uma dona de casa, não para eles era melhor ter sempre Paris . Como são lindos os amores que se suicidam e como dói assistir Casablanca, ao ouvir As Time Goes By nossas histórias sentimentais, como que por milagre, ressuscitam.

A cena mais bela do cinema pode ser vista aqui://www.youtube.com/watch?v=Wo2Lof_5dy4

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